Ghosts from the Past
Andam por aí,
Devagarinho,
Flutuam na multidão.
Misturam-se com as luzes,
Sem terem reflexo,
Veem-se ao espelho no coração.
Não têm rumo certo,
Existem só na incerteza
Da certeza de que pouco são.
Perseguem transeuntes cansados,
Dão olheiras a quem os vê,
Feitos de nada
Mas pesam tanto,
Só eles sabem porquê.
Passam os dias, os segundos,
Passam-se anos ou meses,
Ficam ou não por aí:
Depende de mim,
Depende de todos,
Depende até de ti.
Miragens do passado,
No seu silêncio ou ruído,
Ignorados, ostracizados,
Talvez aceites por solitários,
Não passam de sombras temporais.
São assim as memórias ancestrais.
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