Apatia

 

“Que apatia é está que andamos a sentir?”

  Li hoje um artigo sobre a apatia sentida ao longo dos últimos tempos, parece ser uma coisa geral, global sentida pela maioria dos seres humanos na sociedade moderna. A apatia é a falta de emoção, motivação ou entusiasmo. E se calhar, se pararem para pensar lembram-se de momentos em que se sentiram mais apáticos, ou até se sentem assim agora mesmo. 


  É impossível negar que o último ano foi muito diferente e que, de alguma forma, nos “cortou as asas”. A pandemia que vivemos impediu-nos, com certeza de fazer muitas das coisas que desejávamos e está falta de realização leva-mos muitas vezes a sentir está apatia que se parece espalhar um pouco por todos. De facto, à medida que nos vemos na impossibilidade, ou aparente impossibilidade de realizar desejos ou sonhos, começamos a pensar que nunca o vamos fazer e perdemos a vontade de definir objetivos. O ser humano, perante a constante decepção tende a fechar-se em si mesmo e a desistir de se esforçar para combater os impedimentos que surgem. O nome atribuído na área da psicologia é “languishing”. E os psicólogos alertam para quem se sente assim não ignorar os sinais, pois “Não é uma coisa que o tempo resolva”, alerta o psicólogo Tiago Pereira. É preciso sermos ativos para inverter o rumo e evitar chegar a situações mais graves.


 Provavelmente todos já sentiram aquela procrastinação que nos impede de realizar tarefas mas que nos deixa com um determinado sentimento de culpa. A apatia é marcada por uma desmotivação que se entranha é que nos tira a capacidade de projetar um futuro. É assim essencial recuperar o sentido de controlo e de previsibilidade das nossas vidas, tem de partir de nós. Se não fizermos nada para contrariar a apatia, está só vai tender a aumentar, pois funciona como uma bola de neve a rolar por uma montanha abaixo.



 A investigação científica permitiu afirmar que o languishing é um fator de risco para futuras situações de doença mental e que por isso quem sente está apatia deve, desde já, fazer um esforço para a contrariar. O primeiro passo é admitir o que sentimos e parar de ceder a esta “positividade tóxica” que nos força a estar sempre otimistas e a não sermos capazes de responder que não está tudo bem quando alguém nos pergunta. Para além disto é imprescindível também manter uma vida ativa. É verdade que o ser humano necessita de hábitos, rotinas que marquem o seu dia-a-dia. Não devemos, por exemplo, deixar de nos arranjar diariamente ou de sair de casa. Mas necessitamos também de coisas novas que nos cativem e motivem. Experimentar coisas novas pode aumentar a vontade de ir mais longe de de combater os aparentes impedimentos. Assim sendo, embora os hábitos sejam imprescindíveis não nos devemos deixar “perder na rotina” e esquecermo-nos da razão pela qual a fazemos.


  Deixo aqui o link para o artigo que me motivou a escrever sobre a apatia, para os que tiverem interesse em lê-lo. Lá encontram dicas de como lidar com este sentimento e como perceber se precisam de ajuda ou não, assim como os contactos de diferentes apoios psicológicos. 

artigo sobre a apatia



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